Sabemos que a chegada de um filho traz inseguranças e incertezas, porém ninguém está preparado para ser pai ou mãe de uma criança com deficiência. A família, ao saber que seu filho tem síndrome de Down, pensa também que sua família terá uma nova identidade. Em um primeiro momento a família se sente perdida, é afetada emocionalmente e psicologicamente.
O pai e uma mãe que vão ter um filho, consciente ou inconscientemente, planejam e sonham toda uma vida para esta criança. Estes sonhos, muitas vezes têm a ver com as suas próprias expectativas de vida frustradas, o que naturalmente remonta ao ideal de cada um. Esta situação obriga a família a empreender um processo de luto (elaboração) pelo ideal perdido. Com o passar do tempo, após o nascimento da criança, estes sonhos retornam, mas de uma forma diferente, em geral mais realista.
Os pais que ficam sabendo sobre a síndrome de Down de um modo cuidadoso, com informações corretas e significativas têm mais facilidade de aceitação do diagnóstico, criando, assim, maior facilidade de lidar com esta criança após o nascimento. Desta forma, é fundamental que a família seja muito bem informada sobre o que é e o que pode-se esperar de uma criança sindrômica.
Cada família tem uma maneira de reagir, há os que querem conversar sobre o assunto, buscando, portanto mais informações e os que se fecham em si mesmas para tentar compreender o porquê de tal situação. Existem também os que seguem sua vida normalmente. Pode ser uma forma de fuga, de negação muitas vezes.
Com a chegada de uma criança com síndrome de Down as famílias passam por diversos tipos de sentimentos: choque, insensibilidade, descrença, confusão, medo, luto, perda, pânico, raiva, culpa, distanciamento, revolta, proteção, desconforto, desesperança, ressentimento, amargura, dor, preconceito, ansiedade entre outros.
Em alguns casos a preocupação de fazer o melhor pela criança acaba remodelando os papéis e os lugares dentro de uma mesma família. Desta forma, a família acaba reequilibrando o seu jogo de forças deslocando para o filho com Down um cuidado maior (ou menor em alguns casos).
Disciplina: Necessidades Educativas Especiais (Rosa Eulógia)
Imagem: http://www.planetaeducacao.com.br/portal/imagens/artigos/aprenderdiferencas/Pai-e-mae-com-sindrome-de-dow-e-bebe.jpg
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